Se a Barra e o Recreio vêm concentrando o maior número de lançamentos imobiliários da cidade nos últimos dez anos, especialistas no setor apostam agora no crescimento em direção a outras regiões como a Baixada Fluminense.
Em apenas três anos, quatro prédios residenciais e um apart-hotel foram construídos em Nova Iguaçu. Outro edifício comercial está pronto para funcionar. E um empreendimento de 21 andares, com piscina, academia e outras opções de lazer, sairá do papel nos próximos meses — tudo na Rua Doutor Mário Guimarães, no Centro da cidade, na Baixada Fluminense. Essa via é um dos exemplos da verticalização na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Entre 2010 e 2012, Nova Iguaçu ganhou 2.228 novas unidades residenciais e comerciais. Segundo a Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro (Ademi), a média é de dois lançamentos por dia. Sem considerar a capital, o município perde apenas para Itaguaí, que registrou 2.830 novas unidades.
Sete cidades da Baixada (Nova Iguaçu, Itaguaí, Belford Roxo, Duque de Caxias, Magé, Mesquita e Nilópolis) ganharam 9.042 empreendimentos.
A estabilidade econômica, o crédito fácil e a disponibilidade de terrenos seriam as principais causas para o boom imobiliário voltado para as regiões da Baixada. A procura por imóveis nessas áreas surpreendeu até especialistas.
- Foi uma grande surpresa para nós essa demanda. Os interessados são os próprios moradores, que buscam outro estilo de vida, mas querem ficar perto dos amigos e de parentes - diz Humphrey Guabiraba, corretor de imóveis.
Ele explicou que o tipo de empreendimento também está mudando. No lugar de casas e pequenos prédios, a previsão é construir condomínios com área de lazer nos moldes dos que já existem na Barra:
- Os moradores de Nova Iguaçu e adjacências querem deixar de viver em casas. Eles buscam a segurança e o lazer que os condomínios proporcionam. Os lançamentos nessas áreas hoje têm piscina, área para esporte e home theater. Um dos nossos imóveis tem até boliche - disse. Até o final do ano, Nova Iguaçu receberá 580 unidades, destacou.
A valorização dos imóveis é outro ponto importante. Na Rua Doutor Mário Guimarães, em Nova Iguaçu, uma cobertura de 213 metros quadrados, na planta, pode chegar a R$ 1,1 milhão. Já um andar inteiro de 1.100 metros quadrados, onde cabem 31 salas comerciais, está à venda por R$ 6,5 milhões.
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